Colossenses, Epístola aos.

A Epístola aos Colossenses
Autor: Paulo (1.1).
Data: Cerca de 60-62 d.C. (ver introdução a Efésios).
Destinatários: A Igreja de Colossos, na Ásia menor. Paulo não fundou a igreja de
Colossos, mas a maneira como ele descreve seu possível fundador, Epafras
(“cooperador” –1.7), pode indicar que ele fora enviado por Paulo para evangelizar
esta região (At 19.10). Talvez esta Igreja tenha sido, de forma semelhante à Igreja de
Roma, fundada pelos frígios que estiveram presentes no dia de Pentecostes (At 2.10).
Propósito: Epafras procurou Paulo em Roma para pedir-lhe auxílio em relação a uma
perigosa heresia que estava ameaçando a Igreja, o gnosticismo (crença filosóficoreligiosa
que considera a salvação como aquisição de “sabedoria” através de
especulações místicas). O gnosticismo assumiu vários tipos de forma (ver Introdução
a 1 João), mas o tipo de gnosticismo com que se deparou a Igreja em Colossos
possuía elementos judaicos e ascéticos.
Conteúdo: Já dentro da saudação e oração pelos destinatários (1.1-23), Paulo começa
a expor o caráter da redenção efetuada por Cristo e sua preeminência como cabeça da
Igreja. Aliás, a preeminência de Cristo é o tema central desta epístola, que continua
sendo desenvolvido (especialmente 1.26-27; 2.2-3, 8-11, 15) para refutar a heresia que
ameaçava minar a fé dos colossenses, chamada pelo apóstolo de “filosofias vãs e
enganosas - NVI”, assegurando aos seus leitores que em Cristo eles possuíam
verdadeiro conhecimento e poder para fazer a vontade de Deus. Tendo já tratado do
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principal problema que ameaçava a Igreja, Paulo transmite diversas instruções para a
conduta cristã (3.1-4.6) e despede-se de seus leitores (4.7-5.18).
Características especiais:
• A epístola aos colossenses possui muitos temas em comum com a epístola aos
efésios (ver Introdução à epístola aos Efésios);
• Em 4.16 nos é mostrado uma importante informação sobre a circulação das
epístolas nas várias igrejas locais do século I (ver também 1Tm 6.21 e 2Tm
4.22);
• Também em 4.14, Paulo menciona uma “carta de Laodicéia”. A natureza desta
carta ainda é assunto de considerável debate.