Ágape

Um dos quatro termos gregos — os outros são
philía, eros e storgué — que podem ser traduzidos
para o português como “amor”. Não é um
termo clássico, embora sua forma verbal apareça
ocasionalmente em Plutarco e em Xenofonte. Na
Septuaginta, é usado catorze vezes em relação
ao amor sexual (Jr 2,2 etc.) e duas como
contraposição a ódio (Ecl 9,1). No Livro da Sabedoria,
é utilizado para descrever o amor de Deus
(3,9) e o amor à sabedoria (6,18). A carta de
Aristéias (229) considera-o alicerce de força da
piedade. Nos evangelhos, é o termo mais importante
para expressar o amor. Esse amor é a base
da relação entre o Pai e o Filho dentro da *Trindade
(Jo 17,26) e também constitui a atitude fundamental
de Deus para com os homens, manifestada
de maneira primordial no fato de o Filho
encarnar-se para morrer na cruz e assim expiar os
pecados do gênero humano (Jo 3,16). Como sinal
de gratidão, o dever do ser humano é manifestar
esse amor-ágape a Deus (Mt 22,37) e a seu
*próximo, incluindo os *inimigos. Esse amor —
novo *mandamento deixado por Jesus — constitui
o maior distintivo da conduta cristã (Jo 13,34;
15,12) e deve ser semelhante ao amor de Deus
(Mt 5,43-48).
W. Barclay, Palabras...; D. Flusser, o. c.; J. Klausner,
Jesús de Nazareth, Buenos Aires 1971; E. Schweizer - A.
Díaz Macho, o. c.