Romanos, Epístola aos.

A Epístola aos Romanos
Autor: O apóstolo Paulo (1.1), utilizando Tércio (16.22) como amanuense (escriba).
Data: Durante a terceira viagem missionária de Paulo,provavelmente quando ele
estava em Corinto (At 20.2-3; Rm 15.25-26; 16.1-2 – Febe pode ter sido a portadora
desta epístola; 16.23; 1 Co 1.14 – Gaio pode ter sido o hospedeiro de Paulo), em cerca
de 57 d.C.
Destinatários: a Igreja de Roma.
Propósito: Paulo planejava ir a Roma após entregar a coleta feita em favor dos
cristãos pobres de Jerusalém (At 19.21; Rm 15.25-28), tendo como próximo passo,
levar o Evangelho à Espanha (15.23-24). Não foi Paulo quem fundou a igreja em
Roma (provavelmente ela foi fundada por prosélitos judeus convertidos ao
cristianismo no dia de Pentecostes – At 2.102), e ele estava ansioso para conhecer os
cristãos romanos (Rm 1.11). Esta carta serviu como preparação à sua visita a Roma.
Conteúdo: Paulo expõe o plano de salvação de Deus através do Evangelho,
analisando o problema histórico do pecado da humanidade (1.18-3,20), a justificação
pela fé em Cristo (3.21-5.20), os frutos que ela deve produzir (6), os conflitos
espirituais (7), a vida no Espírito, (8) o mistério da rejeição de Israel (9-11) e, por fim,
diversas considerações práticas (12-16).
Características especiais:
• Romanos é a mais sistemática das cartas de Paulo, tratando com
profundidade vários temas importantes (salvação, pecado, graça,
escatologia, Igreja, etc.);
2 Ambrosiastro (séc. IV d.C.) escreveu que “os romanos abraçaram a fé em Cristo, ainda que de acordo com o
ritual judaico, sem terem visto qualquer sinal de obras portentosas ou qualquer dos apóstolos.” O historiador
romano Suetônio declarou que o imperador romano Cláudio, em cerca de 49 d.C., “expulsou os judeus de Roma
por estarem constantemente brigando, instigados por Cresto”. Priscila e Aquila foram expulsos de Roma e, se
não foram convertidos através do ministério de Paulo (como não parece - At 18.2) , podem ter sido membros ou
até líderes na Igreja de Roma (Rm 16.3).
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• Paulo cita diversas vezes o AT para fundamentar seu pensamento;
• Por vezes, o apóstolo utiliza o estilo literário da diatribe (diálogo com um
oponente imaginário) para expor seu pensamento: 2-3; 9.19-24.